quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Prólogo

"..._ nem todas as verdades são feitas de palavras, Alex
_e qual
é a verdade?
_
não posso dizer, senão não estaríamos aqui...

....................................................................................................................................

..._tudo isso...fui eu quem fiz?
_bem, dentro de uma perspectiva mais simplista...digamos que sim,...inclusive todos esses acontecimentos foram criados por você...esse mundo
é seu...como você o chamaria?
..._ Noite Eterna...




PROLOGO

_ Há quanto tempo ele tem sido observado?
_Todas as noites, assim que o crepúsculo dá lugar 'a noite, nossos mundos entram em paralelo, então podemos observá-lo,
_acha mesmo que os Físicos virão atrás dele?
_... com certeza! e ele não sobreviverá...
_ precisamos
avisá-lo então!
_não fale bobagem! ele não pode entrar em contato com o mundo dele.

_eu sei...eu só tenho muito medo do que possa acontecer. Ouvi falar que as trombetas de Kashyr-öloszke voltaram a soar...as sombras se movem na escuridão... há muitos boatos...muitas pessoas sussurram e tem medo de falar...você sabe o quanto se tem esperado por esta oportunidade...e a Corte tem perdido cada vez mais seu poder de decisão, o Concelho tem sido estéril em manter a paz ...você quanto poder está em jogo...o mundo onde ele vive está em jogo!
_Você exagera demais os fatos...
_Pelos Céus, uma guerra se aproxima! de proporções nunca vistas! será que você não enxerga isso?
_ssssshhhh!
Silêncio! os Físicos tem ouvidos até na grama que brota do chão...vamos voltar, já nos arriscamos demais vindo aqui.
_Tudo bem, tudo bem...quem o vigia de noite?
_Alicia...


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

NOITETERNA

Nasce NOITETERNA...ou melhor, materializa-se como alguns preferirão...
Ta bom, isso aqui não é um capítulo, ainda. Mas pretendo ser breve, sem muita enrolação. Na verdade é apenas uma rápida explicação de como veio a ideia de escrever.
Lembro q DRAGONBALL, segundo o relato de criador, Akira Toriyama, surgiu a partir de duas lendas chinesas: a lenda de Shen-long-o
Dragão da Lua e a lenda do Povo Macaco. Bem, as minhas motivações são menos épica, digamos...na verdade é tudo fruto de uma conversa que tive certa vez com minha irmã. Uma vez, ela me questionou: você gosta tanto de ler, por que não tenta escrever alguma coisa? eu retruquei: ok, escreverei quando você tiver um filho. E ela disse pensativa: vou adorar ler para meu filho, o que você escrever...Outra vez ela me disse: por que não tenta escrever algo auto-biográfico? Só recentemente resolvi juntar as duas ideias e, enquanto minha irmã não cumpre sua parte do acordo em gerar seu rebento, eu vou cumprindo a minha, gerando meu rebento- projetil de livro. Nada ainda está definido. Vou apenas escrevendo, aqui e ali, como quem tenta se aliviar da sede bebendo um copo d'água.
Alguns
dirão ver semelhanças com Harry Potter, outros com o universo de O Senhor dos Aneis. Prefiro a inspiração dos clássicos vitorianos: a fantasmagoria de Charles Dickens e a fantasia surreal de Lewis Carroll, além das mitologias clássicas, nórdicas, orientais, eslavas,etc. Muito do que vai ser escrito tem como ponto de partida, duas indignações que tenho. A primeira é que eu cresci vendo história de fantasia baseadas em elementos puramente europeus. E um cuidado que tenho tomado é de representar elementos das mais variadas culturas. Assim, o elemento europeu estará presente, como muitos perceberão, nos vampiros. A cultura africana se fará presente notadamente nos zumbis, enquanto os lobisomens tem traços representativos da Américas. Creio que os fantasmas tenham aspectos orientais, mas como disse antes, nada está definido ainda. Outra indignação que tenho é com a forma que tem sido retratados vampiros e lobisomens nos últimos anos. Cresci me aterrorizando com as histórias clássicas desses seres e me dói -los representados de forma tão estéril...
Tudo bem, chega de
enrolação. Prometo para muito em breve as primeiras palavras de NOITETERNA.

"para existir fora, primeiro tem que existir dentro."
(fantasma-profeta Hoiki)

domingo, 11 de abril de 2010

O QUE PENSO SOBRE O ENEM

As mudanças geralmente são acompanhadas de desconfiança.
Diante da postura da UFC em adotar o ENEM, de forma integral, como processo seletivo, muita confusão tem sido feita por parte, tanto dos alunos, como das escolas. Preocupado, tenho acompanhado a
adaptação ao novo método de ingresso na Universidade mais cobiçada, pela maioria dos estudantes, deste Estado.
Um primeiro ponto que lamento
é a própria falta de informação, ou informações que são transmitidas de forma confusa por parte dos próprios meios responsáveis em orientar os alunos. No dia em que a UFC oficializou a adoção do ENEMcomo método único de ingresso, um importante telejornal do Estado divulgou uma entrevista com o presidente do sindicato das escolas particulares na qual ele disse que " não dúvidas de que os alunos se adaptarão( SIC ) bem ao novo conteúdo cobrado pelo ENEM. Ao meu ver, isso se transforma em "desinformação" para os estudantes, pois o conteúdo cobrado será o mesmo. Como costumo dizer, as Leis de Newton não serão modificadas para se adaptarem 'a nova prova...
No mesmo telejornal, foi passada a
informação de que, com o novo ENEM, poderão pleitear uma vaga em Universidades de outros Estados, como USP e UNICAMP. Ora, pelo que eu saiba, a USP não adotará o ENEM, e a UNICAMP ainda se mantém indecisa sobre o processo seletivo.
O que me desagrada bastante
também, é a postura relutante, não só dos alunos, mas de boa parte dos diretores e professores de escolas/cursinhos em aceitar o novo modelo de avaliação.
N
ão que uma postura negativa seja o ponto de partida para o sucesso de uma empreitada qualquer que seja. Por isso, acho que o ponto de partida para um bom resultado no ENEM seria a simples aceitação da prova, sem "negativismos".
Muitos tem se enganado bastante com
relação ao nível da prova. Pelo que tenho observado, alguns tendem a classificar o ENEM e os vestibulares tradicionais em patamares diferentes. Algo como, os vestibulares tradicionais estariam em um patamar bem acima da prova do ENEM. Na minha visão essa classificação faz tanto sentido quanto, por exemplo, por as mulheres morenas em um patamar de beleza acima das loiras! Ou seja, trata-se de algo subjetivo. Ao meu ver, deve-se tratar o vestibular tradicional e o ENEM em polos opostos, como se fossem "belezas" diferentes, e não hirarquizadas.
Compreendo que muito dessa
relutância tem como base a falta de objetividade no conteúdo programático adotado na prova do ENEM. Dessa forma, as escolas exigiram que o MEC divulgasse um conteúdo bem definido, como os manuais das Universidades a fim de melhor prapararem seus alunos. O MEC então divulgou um programa que até hoje tem sido alvo de críticas: "muito vago", é o que a maioria das escolas reclama.
Mas será que o MEC agiu de forma pouco cuidadosa ou displicente com as escolas?
Agindo assim, as escolas mostram despreparo em lidar com os
critérios de avaliação do ENEM. Ou seja, as escolas demonstram pouco conhecimento do que o ENEM, e o MEC, por conseguinte, realmente querem dos alunos que irão ingressar nas diversas Universidades do Brasil. Poucos entenderam o que significa a palavra " Linguagem" na provas do ENEM. Entede-se "Matemática",mas poucos se importam com o complemento "...e suas Linguagens". Isso se tornou evidente para mim, quando vi um professor que tinha acabado de encher um quadro com equações, disparar em tom orgulhoso de vitória: "isso é matemática, e não aquela coisinha cobrada pelo ENEM. Eu não ensinarei meus alunos a jogar xadrez para resolver aquela prova..."
Fiquei preocupado ao ver que um bom professor pouco compreendeu palavra "Linguagem". Ora,
é isso que o MEC quer dos alunos, que eles saibam "falar" a "Língua" da Matemática, das Ciências, dos Estudos Sociais, dos diversos Códigos! Voltando ao exemplo do professor, a Matemática não nasceu dos números( 1,2,3,4, etc. ) nem das belas equações, e sim, do raciocínio puro e lógico do ser humano; daí o elemento lúdico cobrado nas provas do ENEM( como a questão do tabuleiro de xadrez). Da mesma forma, muitos se equivocam em dizer que determinados conteúdos foram suprimidos do vestibular, com Historia, Geografia e Literatura do Ceará e do Nordeste. Mas se você sabe falar a "língua" dessas ciências, como propoem o MEC, é seu dever se informar sobre as mesmas; se você sabe essas "línguas", isso deverá ser um processo natural, invariavelmente.
O
conteúdo, no ENEM, aparece de forma implícita, e não explícita, como cobrado nos vestibulares tradicionais. Dessa forma, pouco importa se você passou o ano todo debruçado sobre livros e apostilas( tampouco deve-se deixar de estudar, óbvio). As questões do ENEM, na maioria das vezes, define os conceitos. O que está em questão não é se você tem conhecimento dos conceitos, e sim, se você tem a capacidade de raciocinar em em cima de um conceito que lhe será entregue. Dessa forma, por exemplo,em vez de uma possível questão exigir que o aluno saiba qual o conceito e diferença entre as Seleções Naturais( direcional, estabilizadora, disruptiva), a prova do ENEM definirá esses conceitos no enunciado e, digamos, "brincará" com a sua capacidade de raciocinar em cima desses conceitos. A prova pode inclusive conceituar um tipo de Seleção que não se encontra em nenhum livro, que seja inventada pelo elaborador. E é exatamente isso que o MEC quer dos estudantes: que eles sejam questionadores do mundo a sua volta.
Além do mais é bastante difícil simular o tipo de questão confeccionada pelos elaboradores da prova do ENEM. Já vimos que não se trata simplesmente de por um texto de jornal e cobrar o mesmo conceito dos vestibulares tradicionais. A própria elaboração dos itens passa por critérios como a Teoria do chute; itens detratores, etc., que o aluno deverá estar a par, a fim de adotar uma boa "estratégia" no dia da prova. Daí por que a importância dos simulados elaborados pelas escolas sejam mais no sentido de o estudante avaliar seu tempo( que deve durar cerca de 2/ 2,5 minutos por questão, do que tentar avaliar como está o nível do aluno para prova. O tempo realmente é fundamental para uma boa prova, por isso os estudantes tem certa dificuldade no segundo dia do ENEM: questões que seriam consideradas dignas de um teste psicotécnico acabam adquirindo a dificuldade de um teste de QI. Por isso, muitos se sentem frustrados, no segundo dia de prova, reclamando que não houve tempo suficiente para tantas questoes. Isso ocorre pelo fato de ainda estarem fortemente atrelados ao conteudismo.
Vimos então que o ENEM é mais uma "brincadeira" em cima dos conteúdos acumulados ao longo da vida do estudante( por isso o MEC fala em conteúdo residual).
Em resumo, o que o ENEM quer de
você, e por isso mesmo ele é de difícil assimilação pela maioria dos alunos e donos/professores de escolas: VIVA MAIS! relaxe, descubra mais sobre o mundo ao redor.
Confesso que
já a mesma visão daquele professor de Matemática citado anteriormente. Mas depois que eu conpreendi o que o MEC quer, passei a me apaixonar pela prova a partir de então. Pode não ser a prove perfeita( se existir isso ), pode haver politicagem no meio. Mas a considero uma prova mais honesta, mais humana. Como diz um professor, e esse faço questão de citar o nome, Márcio Thé, "temos diante de nós uma geração de idiotas( com o perdão do termo), que sabe decorado equações trigonométricas complexas, mas não sabe, 'as vezes fazer uma conta de padaria!"